sexta-feira, 20 de julho de 2012

O que é Plano de Negócios? - SEBRAE

  
É um documento pelo qual o empreendedor formalizará os estudos a respeito de suas idéias, transformando-as num Negócio. No Plano de Negócios estarão registrados o conceito do negócio, os riscos, os concorrentes, o perfil da clientela, as estratégias de marketing, bem como todo o plano financeiro que viabilizará o novo negócio. Além de ser um ótimo instrumento de apresentação do negócio para o empreendedor que procura sócio ou um investidor. 
O Plano de Negócios também é um importante instrumento de ajuda ao empresário para enfrentar obstáculos e mudanças de rumos na economia ou no ramo em que atua. Por isso, ele tem caráter dinâmico e à medida que ocorram mudanças do cenário do mercado, da economia, da tecnologia ou das ações dos competidores, o Plano de Negócios deve ser revisto.  
Em geral, é importante fazer uma revisão semestral do plano, mas, dependendo do tipo de negócio e da situação do mercado, pode ser feita em períodos maiores ou menores. Um bom plano é uma peça indispensável para o sucesso de qualquer negócio. 
O Plano de Negócios é um documento confidencial. Deve ser distribuído somente àqueles que têm necessidade de vê-lo, tais como a equipe gerencial, conselheiros profissionais e fontes potenciais de recursos. 
Para que serve o Plano de Negócios
1. Examina a viabilidade do empreendimento nos aspectos mercadológico, financeiro e operacional.
O PN permite desenvolver idéias a respeito de como o negócio deve ser conduzido. É uma oportunidade para refinar estratégias e cometer erros no papel em lugar da vida real, examinando a viabilidade da empresa sob todos os pontos de vista, tais como o mercadológico, o financeiro e o operacional. 
2. Integra o Planejamento Estratégico
O PN é uma ferramenta pela qual o empresário pode avaliar o desempenho atual da empresa ao longo do tempo. Por exemplo: a parte financeira de um plano de negócios pode ser usada como base para um orçamento operacional e ser cuidadosamente monitorada, para se verificar o quanto a empresa está se mantendo dentro do orçamento. A esse respeito, o Plano pode e deve ser usado como base para um planejamento estratégico. 
3. É ferramenta de negociação e ajuda a levantar recursos
A maior parte dos financiadores ou investidores não colocará dinheiro em uma empresa sem antes ver o seu plano de negócio – que é fundamental para fazer o empreendedor ser levado a sério. O plano pode ser usado como uma ferramenta de negociação e contribui para aprovação de empréstimos nos bancos e acesso a linhas de financiamento. 
Público-alvo do Plano de Negócios
·         Mantenedores de Incubadoras – iniciação de empresas, com condições operacionais facilitadas, mantidas por instituições de classe, centros de pesquisas, órgãos governamentais;
·         Parceiros – para definição de estratégias e discussão sobre formas de interação entre as partes;
·         Bancos – para pleitos de financiamentos de equipamentos e instalações, capital de giro, expansão da empresa, etc.
·         Investidores – entidades de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de investimento etc.
·         Fornecedores – para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima e formas de pagamentos;
·         A própria empresa – para comunicação, interna, da gerência com o conselho de administração e com os empregados (comprometimento mútuo de metas e resultados);
·         Clientes – para venda do produto e/ou serviço e publicidade da empresa;
·         Sócios – para convencimento em participar do empreendimento e formalização da sociedade. 
Cuidados importantes ao redigir um Plano de Negócio
As fontes de financiamento não vêem com bons olhos um plano que está sendo “leiloado” por aí. O ideal é que seja enviado para poucos, no máximo dez fontes financeiras. Nunca se deve enviar os planos às fontes financeiras em sequência. Esta abordagem pode adiar por anos um sucesso. 
Ao determinar a quem enviar o plano, pesquise cuidadosamente que espécies de fontes estão interessadas no campo em que eles estão. Espere a resposta de cada instituição, antes de passar à seguinte. Alguns bancos somente emprestam em certas áreas geográficas; alguns investidores só investem em determinados tipos de empresas. 
Dentro de uma organização, algumas pessoas ou departamentos podem lidar com planos de negócios. Eles também podem ser divididos por critérios geográficos, por grupo de negócios ou de alguma outra forma. 
É importante fazer com que o Plano chegue ao grupo certo e, melhor ainda, à pessoa certa. Se houver dúvidas sobre o destino dado ao documento, pode-se solicitar que o destinatário assine um termo confidencial para minimizar as chances de que informações-chave da empresa ou da idéia sejam utilizadas ou divulgadas a terceiros. 
Não se recomenda a produção de grande quantidade de cópias, nem que sejam confeccionadas de forma diferenciada do usual. 
Estrutura do plano
O Plano de Negócio é composto de oito seções:
·         Sumário Executivo – É a primeira parte que será lida por um eventual investidor. Deve conter os pontos principais e mais interessantes do Plano. Não costuma ter mais de uma página.
·         Descrição da Empresa – Contém um sumário da empresa, seu modelo de negócio, a natureza, sua história, estrutura legal, localização, objetivos, estratégias e missão. De uma a duas páginas.
·         Produtos e Serviços – Descrição dos produtos e serviços da empresa, suas características, forma de uso, especificações, estágio de evolução. Máximo de duas páginas.
·         Estrutura Organizacional – Como a empresa está organizada internamente, número de funcionários, principais posições, perfil do profissional. Máximo de duas páginas.
·         Plano de Marketing – Aqui será descrito o setor, o mercado, as tendências, a forma de comercialização, distribuição e divulgação dos produtos, preços, concorrentes e vantagens competitivas. De cinco a seis páginas.
·         Plano Operacional – Descrição do fluxo operacional, cadeia de suprimentos, controle de qualidade, serviços associados, capacidade produtiva, logística e sistemas de gestão. De três a quatro páginas.
·         Estrutura de Capitalização – Como a empresa está capitalizada. Quem faz parte da sociedade, necessidades de capital de terceiro, forma de remuneração e estratégias de saída. De duas a três páginas.
·         Plano Financeiro – Como a empresa se comportará ao longo do tempo do ponto de vista financeiro, descrições e cenários, pressupostos críticos, situação histórica, fluxo de caixa, análise do investimento, demonstrativo de resultados, projeções de balanços e outros indicadores. De cinco a seis páginas.
·         Cuidados a tomar – As informações de um Plano de Negócios devem ser precisas, mas transmitindo uma sensação de otimismo e entusiasmo. Ao preencher o Plano, tenha sempre em mente o objetivo para o qual ele está sendo escrito. 
Recomendações
Tom do texto – O tom deve ser empresarial, sem sentimentalismo, para ser levado a sério. Não dê ênfase em argumentos exclusivamente de venda da idéia, pois pode resultar em um plano exagerado, sem objetividade. Os possíveis investidores reagirão bem a uma apresentação positiva e interessante, mas reagirão com indiferença diante uma apresentação vaga, prolongada, ou que não tenha sido bem ponderada e organizada. 
Se o plano transmitir de forma clara e legível as metas e métodos básicos da empresa, o investidor dará atenção ao documento. Caso necessite de mais informações, com certeza ele pedirá. Preocupe-se, portanto, em apresentar informações reais e que possam ser facilmente comprovadas quando solicitadas. 
Não tenha pressa ao elaborar o seu Plano de Negócios. Para garantir a qualidade, um bom plano deve cobrir informações abrangentes, bem resumidas e pertinentes. Na maioria das vezes, estas informações não se encontram facilmente consolidadas. Elas devem ser procuradas e trabalhadas. 
Tamanho do plano – O ideal é que o plano tenha de 20 a 25 páginas, dependendo do objetivo, porte e situação da empresa. Tenha em mente esta informação enquanto preencher, de forma a manter a objetividade, colocando apenas as informações relevantes e deixando todo e qualquer material demonstrativo, suplementar ou ilustrativo como anexo ao final do documento. 
Constará do relatório impresso apenas os nomes das seções e grupos, e não as perguntas individuais. Isso dá liberdade para você colocar o conteúdo do grupo onde bem entender, sem precisar se ater às respostas específicas de cada pergunta, de forma a utilizar as perguntas apenas como referência ou um tipo de check-list. 
Revisão ortográfica – Cuidado com erros gramaticais e ortográficos ue podem gerar uma imagem negativa sobre o empreendedor, e, portanto, sobre todo o empreendimento. Faça com que alguém qualificado nessa área revise o Plano, para eliminar esse tipo de problema e evitar impactos sobre os leitores. 
Muitas das perguntas que se faz para preparar um PN precisam ter uma resposta, ou devem, ao menos, ser respondidas com “não pode ser respondido neste momento, mas deve ser monitorado”, pelo bem da sobrevivência da empresa. 
Às vezes uma pergunta-chave é negligenciada, tipo “contrata-se mão-de-obra”, ou “inauguram-se as instalações”, e, após o início das operações com vendas em andamento, descobre-se que algumas autorizações ou licenças eram necessárias antes de se abrir a empresa, justamente o que a pergunta alertava.


fonte: SEBRAE

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Qualquer um pode ser MEI – Microempreendedor Individual? - Zenaide Carvalho


“Dificuldades são ‘aliadas’ que possibilitam exteriorizar a capacidade latente.”
(Seicho Taniguchi)

O que é o MEI – Microempreendedor Individual?
O MEI é a nova forma de tributação e legalização criada em dezembro de 2008 pela Lei Complementar 128/08 que beneficiará pequenos empreendedores. Entrará em vigor a partir de julho de 2009.
O registro então será simplificado?
Sim. O MEI poderrá registrar-se como empresa de forma bastante simplificada e terá acesso à legalização de seus empreendimentos sem taxas de legalização e sem pagamento de honorários aos contadores tanto para abrir a empresa quanto para fazer a primeira declaração anual.
A que tipo de atividade é recomendado o registro como MEI?
Basicamente todas as atividades elementares, como pipoqueiros, eletricistas, costureiras, verdureiros, barbeiros, engraxates e outros. O faturamento é o primeiro fator limitante para o registro, já que esse registro é para negócios que tenham ou pretendam ter faturamento até 36 mil reais anuais, o que dá uma média de faturamento de 3 mil reais por mês.
Ouvi falar que terei direito à Previdência Social e pagarei uma quantia mínima de impostos. Como é isso?
O MEI pagará mensalmente 11% do salário mínimo para ter os direitos da Previdência Social, como auxílio-doença e aposentadoria por idade, por exemplo. Além disso, pagará apenas R$ 1,00 de ICMS (se sua empresa for uma empresa comercial) e/ou R$ 5,00 se for uma empresa de prestação de serviços, e mais nada a título de impostos. Também estará isento de taxas de alvará da prefeitura. Em valores atuais, não chega a R$ 60,00 mensais.
Sou fisioterapeuta recém-formado. Posso registrar-me como MEI?
Infelizmente não. As atividades de profissões regulamentadas como as de fisioterapeutas, médicos, administradores, advogados e outras, não podem ser tributadas pelo Simples Nacional e, consequentemente, também não podem ser enquadradas como MEI. As atividades permitidas são somente as atividades de comércio, indústria e as atividades de serviços que estão registrados na Lei Complementar 123/06 com tributação prevista no Anexo III da referida Lei.
Eu tenho dois empregados, posso registrar-me como MEI?
Também não pode. Só é permitido o registro de um empregado, mesmo assim desde que seu salário não ultrapasse o piso da categoria. E para esse empregado o MEI pagará 3% a título de contribuição previdenciária, além do valor da previdência que o próprio empregado contribuirá. Cabe ressaltar que caso o MEI tenha empregado deverá pagar férias, 13º salário, FGTS e todos os outros direitos trabalhistas previstos em lei.
Os contadores trabalharão de graça, para o MEI?
Em princípio, sim. Está previsto na lei que as empresas contábeis que estejam sendo tributados pelo Simples Nacional terão a obrigação de tirar dúvidas, orientar sobre a nova forma de tributação, fazer o registro da empresa e providenciar a primeira declaração ao fisco. Entretanto, se esse MEI tiver um empregado já precisará de fazer folha de pagamento e outras declarações. Nesse caso, não está previsto que esse trabalho seja feito gratuitamente pelos contadores.
E se a minha empresa crescer, tendo um faturamento superior a 36 mil reais anuais, eu perco os direitos?
Você perderá as vantagens do MEI, mas estará automaticamente enquadrado na tributação do Simples Nacional.
Quero me cadastrar como MEI. O que eu tenho que fazer?
Por enquanto deve aguardar. Mas já pode procurar um contador em sua cidade e demonstrar seu interesse, pedindo que ele avise a você quando poderá iniciar o processo, que provavelmente será no mês de junho de 2009.
Bem, espero ter esclarecido um pouco mais aos colegas e ficaremos atentos às regulamentações que estarão sendo publicadas em breve.

Zenaide Carvalho
Administradora e Contadora

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Emporwerment: Uma tarefa difícil, mas gratificadora - Por Leonardo Marioto


Para o entendimento deste artigo definiremos o que é emporwerment: que nada mais é que a delegação de poder a todas as camadas das hierarquias das organizações, não apenas deixando que o alto escalão arbitrai sobre as decisões relacionadas a empresa, dando mais espaço e abrindo mais intelectualmente as cabeças dos participantes das organizações. Como já disse em outros artigos, não devemos deixar nossos cérebros na porta dos escritórios e pegarmos de volta na saída, devemos utiliza-lo de maneira inteligente em prol da instituição, com criatividade, habilidade e competência.

Entretanto o emporwerment é um conceito que muitos se falam, mas poucos se fazem, principalmente nas organizações mais tradicionais e mecanicistas. Porque até mesmo nas corporações mais orgânicas o emporwerment pode ser um tiro no pé, se estes funcionários não estiverem intelectualmente preparados para tal ato. Por este motivo deve ser feito de forma muito cuidadosa e inteligente por parte dos mais intelectualizados das empresas.
Chiavenato (2009) diz: ‘’Duas megatendências estreitamente relacionadas entre si deverão impulsionar o emporwerment com maior rapidez nos países desenvolvidos: a horizontalização das hierarquias e a difusão das novas tecnologias de comunicação. O que ele quis dizer com isto? Primeiramente a horizontalização quer dizer desmembrar a hierarquia tradicional vertical para a hierarquia horizontalizada, ou seja, acabar com a pirâmide tradicional da hierarquização e tornar os participantes com níveis de autoridade mais horizontais, ou seja, com níveis de autoridades mais igualitárias. E em segundo lugar a comunicação entre os funcionários do baixo escalão com os altos executivos terá de ser revista e mais aberta a perguntas, críticas, sugestões e principalmente, informações da empresa para que estes (funcionários) possam tomar decisões baseadas em dados reais da instituição.

É de se destacar que o emporwerment só funcionará se a cultura organizacional da empresa mudar radicalmente, se esta for uma corporação tradicional. No emporwerment, com exemplo real da empresa SEMCO, todos os funcionários possuem quaisquer informações da empresa. Isto pode parecer loucura num dado momento, entretanto está dando muito certo por lá. Outra coisa importante a se dizer, como Chiavenato (2009) citou em seu livro, Semler da SEMCO diz que o emporwerment não pode existir pela metade. Ou é tudo ou nada.
Umas das características positivas deste sistema se for implantado é uma maior autonomia e satisfação do pessoal que ali trabalham. Com o emporwerment os participantes podem tomar decisões se sentindo parte da organização, e não apenas mais uma peça descartável. Uma das coisas mais gratificante que um funcionário pode ter conhecimento e perceber, é que ele faz parte integrante verdadeiramente da empresa, que ele ajuda no trabalho e que possui responsabilidades perante aos resultados. Eles se sentem mais valorizados e assim trabalham com mais afinco em suas organizações.

Entretanto, como já disse, o emporwerment é um conceito novo e tem de ser muito bem trabalhado, ou seja, muito bem estudado e levado de forma íntegra e séria. As pessoas mais intelectualizadas das organizações devem ter em mente realmente o que devem fazer para que esta abordagem dê certo. Pois se entregarmos poderes a pessoas que não possuem algum grau de inteligência para saber o que fazer com este poder, pode ser destruidor para a instituição.

Bibliografia: CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos – O capital humano das organizações; São Paulo, editora Campus, 2009.

Previdência privada vgbl e pgbl

Para saber se a previdência privada vale a pena, você precisa entender como funciona um fundo de previdência primeiro. Esse é um investim...