Era uma vez um RH que estava sempre ligado em todas as novidades que aconteciam na área de RH no mercado. Qualquer novo modismo, lá estava o RH tão antenado já procurando saber como funcionava e quem estava fazendo aquilo para poder fazer igual em sua empresa. Este RH pensava que era o máximo, afinal de contas qualquer RH que se preze deve estar atento a tudo o que o mercado apresenta.
A única coisa que este RH não sabia era o que realmente importava para a sua empresa. Na ânsia de estar atualizado metia os pés pelas mãos e saía implementando processos, novos treinamentos, programas que não tinham nada a ver com a realidade e com as necessidades de sua empresa.
Depois de algum tempo esse RH percebeu que para se tornar estratégico (como muito é falado no mercado) é preciso antes de tudo olhar para dentro da empresa, conhecer a visão do negócio e aonde a empresa quer chegar no futuro, olhar para as pessoas que fazem parte da organização, mapear os problemas e os gaps e depois sim, analisar o que deve ou não ser feito para ajudar a alavancar o negócio.
O RH que não conhece o negócio da empresa, que não conhece de perto os problemas e as dificuldades que os profissionais enfrentam no dia a dia, que não conhece as necessidades e expectativas dos clientes e não conhece bem as empresas concorrentes, corre sérios riscos de agir como o RH da historinha contada acima.
O lugar do RH em uma empresa é onde as decisões são tomadas. O RH precisa participar das decisões estratégicas do negócio, afinal de contas, será o RH o grande responsável por criar meios de conduzir, treinar, desenvolver e estimular as pessoas a trabalharem pelo alcance da concretização de cada uma das estratégias definidas pela gestão do negócio. Acontece que o RH só ocupará essa posição a partir do momento em que mostrar que tem visão de negócios, que pode discutir de igual para igual com as demais áreas da organização, que entende minimamente de finanças, de marketing, de planejamento, de TI e obviamente da área onde está inserida a atividade fim do negócio.
Costumo dizer que autonomia se conquista e essa conquista dependerá exclusivamente dos resultados de um trabalho bem feito e de decisões acertadas. Assim como a autonomia, o espaço ocupado pelo RH no organograma institucional dependerá exclusivamente da postura deste RH, dos resultados que apresenta e do valor que agrega ao negócio. Não é fazendo um RH “água com açúcar” (só para mostrar que fez algo) que a área vai conquistar o seu espaço. É preciso se posicionar, assumir o papel que lhe cabe e não fugir à grande responsabilidade que há em decidir questões que impactarão o futuro da empresa e, é claro, mostrar serviço que agregue valor concreto ao negócio.
Sabe aquelas pessoas que vivem reclamando da vida, mas são incapazes de fazer algo para mudar? Pois é, reclamar não adianta nada. É preciso ocupar o espaço que o RH merece trabalhando em consonância com os objetivos organizacionais. É um trabalho difícil e de grande responsabilidade, mas garantirá um resultado final muito mais efetivo e a participação ativa nos processos decisórios da empresa.
Se você trabalha com RH, questione-se, o que tem feito para ocupar um lugar estratégico em sua empresa?
Se não trabalha com RH, pense na empresa em que trabalha e analise que lugar o RH ocupa?
Leia mais no post RH além dos modismos.
“Ou você tem uma estratégia própria, ou então é parte da estratégia de alguém.” (Alvin Tofler)
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